terça-feira, 1 de maio de 2012

O Behaviorismo

    O Behavorismo vem do termo inglês behavior que significa “comportamento”. Surgiu no começo do séc. XX em 1912 e foi proposto pelo americano John B. Watson. O behaviorismo tinha a proposta de fazer com que a Psicologia fosse inserida e reconhecida como ciência. Com isso, Watson postulou como objeto de estudo da Psicologia o comportamento, este, era o objeto observável, mensurável, cujos experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes condições e sujeitos. Construindo então, uma Psicologia livre de pesquisas de processos mentalistas e de métodos subjetivos. O behaviorismo então estuda as interações entre o indivíduo e o ambiente, entre o indivíduo (respostas) e o ambiente (estímulos). Certos estímulos levavam o indivíduo a dar certas respostas, isto porque os indivíduos se ajustam ao ambiente. O comportamento que foi explorado por ele foi o comportamento respondente ou reflexo são involuntários (interação ambiente-indivíduo incondicionadas, ou seja, o ambiente provoca certas respostas do indivíduo que independem de “aprendizagem”, o estímulo provoca uma resposta que é a reação fisiológica no organismo).

As lágrimas ao cortar a cebola é um exemplo de comportamento respondente.

               Depois de Watson o mais importante dos behavioristas é Burrhus F. Skinner, ele criou a linha de estudo conhecida por Behaviorismo Radical, termo criado para designar uma filosofia da Ciência do Comportamento por meio da análise experimental do comportamento. O desenvolvimento de seu trabalho levou-o a teoria do comportamento operante, que seria outro tipo de relação do ambiente- indivíduo. O estudo do comportamento operante começou pelo comportamento respondente. O comportamento operante refere-se à interação indivíduo-ambiente condicionada, ou seja, depende de aprendizagem, onde a resposta do indivíduo produz uma alteração ambiental que como conseqüência, retroage sobre o indivíduo, essa conseqüência vai ser reforçadora ou punitiva, afetando sua probabilidade de recorrer novamente.
       Para verificar como as variações no ambiente interferiam nos comportamentos, Skinner utilizou ratos, estes foram colocados na “caixa de Skinner” na qual se encontrava apenas uma barra, o rato pressionou por acaso a barra onde obteve uma gota de água quando sentia sede, constatou-se que, em situação semelhante, o rato a pressionasse novamente. Na experiência com ratos ele constatou que no comportamento a resposta leva ao estímulo reforçador. Ele concluiu que o processo de aprendizagem do comportamento inicia-se na satisfação de alguma necessidade- na relação entre uma ação e seu efeito.

O ratinho por acaso pressiona a barra e recebe a gota d`água. Inicia-se o processo  de  aprendizagem.

               As ações são mantidas ou não pelas conseqüências que produzem no meio. As consequências punidoras inibem o comportamento (diminui sua probabilidade de ocorrência), já as reforçadoras: positivas ou negativas estimulam o comportamento (aumenta sua probabilidade de ocorrência), o positivo oferece algo ao indivíduo, enquanto o negativo retira algo indesejável do indivíduo. Voltando à “caixa de Skinner” se o rato for colocado na caixa, recebendo choques no assoalho, em várias tentativas de evitar esse choque ele chega à barra ao pressioná-las acidentalmente os choques cessam, esse reforço será negativo devido à pressão à barra obteve-se a retirada de um estímulo aversivo ou indesejável.

                            O ratinho acidentalmente pressiona, este será um reforço negativo.

               No reforço negativo temos a esquiva e a fuga, ambos reduzem ou evitam os estímulos aversivos, mas em processos diferentes. No processo de esquiva os estímulos aversivos condicionados e incondicionados estão separados por um intervalo de tempo, prevendo a ocorrência e que nos possibilita evitar ou reduzir a magnitude do segundo estímulo.  No processo de fuga, o comportamento reforçado termina com um aversivo incondicionado já em andamento.
O som do motorzinho do dentista precede a dor no dente. Desviar o rosto é esquivar-se dela.

               A extinção é um processo no qual uma resposta deixa de ser reforçada, ela diminuirá de freqüência ou até mesmo deixará de ser emitida, isso dependerá do valor e do reforço envolvido. A punição é um procedimento no qual reduz a freqüência de certas respostas, mas a punição não foi muito aceita entre alguns autores, o que levou a adotar procedimentos de comportamentos desejáveis. O controle de estímulos consiste quando a forma de resposta ou a sua freqüência é diferente sob estímulos diferentes.
  
               O Behaviorismo metodológico consiste na teoria explicativa do comportamento 
publicamente observável da Psicologia. Assim, o behaviorismo metodológico acredita na existência
 da mente, mas a ignora em suas explicações sobre o comportamento. Seus postulados foram 
formulados predominantemente pelo psicólogo americano John Watson. O behaviorismo radical 
constitui-se numa interpretação filosófica de dados obtidos através da investigação 
sistemática do comportamento. Esta teoria foi cunhada por B. F. Skinner. O 
behaviorismo filosófico fundamentada principalmente nos estudos de Wittgenstein e Ryle defende
 que a concepção de estado mental ou disposição mental é, na realidade, a concepção de 
disposição comportamental ou tendências comportamentais.



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